Pai e filho trabalhando juntos pelo mesmo ideal!
Quando essas duas entidades nos pediram que publicassem suas histórias, achamos muitíssimo interessante, pois ela seria uma história única! Normalmente, publicamos as histórias de cada entidade separadamente, pois cada uma delas possui seus aspectos, suas particularidades e seus pontos únicos. Esse Exu Mirim ou Exu Menino pode ser chamado de "O Travesso da Madrugada", enquanto o Senhor Exu Veludo é o "Sisudo das Noites Frias". São duas figuras totalmente opostas! Enquanto um faz graças e peraltices, o outro esbraveja, fecha a cara e atua. Então, como podem trabalhar juntos? Para entender melhor, precisamos conhecer a história desses dois e compreender porque eles continuam ligados até hoje.
Bom, tudo começou no século IV, na região onde hoje se localiza a Grã-Bretanha, quando Veludinho (Jean Paul) era o irmão mais velho de Veludo (Jilian Klaus) e herdeiro das terras do ducado de Monte Carlo. Quando o pai faleceu (Duque Sergei Carlo Filipo), Jean Paul assumiu as terras e a tutela de Jilian. Na época, Jean tinha 25 anos e Jilian 16 anos. No acordo firmado entre eles, Jilian deveria receber sua parte da herança aos 21 anos e enquanto isso, ficaria sob os cuidados de Jean Paul. Quando Jilian completou 21 anos, Jean não lhe passou sua parte da herança e ainda o desafiou para um duelo de espadas. No duelo, Jean saiu vitorioso, pois possuía maior experiência.
Passaram-se algumas vidas sem que eles se encontrassem. Então, reencarnaram novamente em Viena no século X, como irmãos gêmeos porém, sem posses, teriam que trabalhar para sobreviver. Os pais eram lavradores e ensinaram aos filhos seus ofícios desde cedo, mas eles não queriam saber de mexer com a terra e passaram a praticar pequenas furtos. Em pouco tempo tornaram-se exímios ladrões, assaltando caravanas e excursões reais. Em poucos anos eram os bandidos mais procurados da região. Foram descobertos e mortos pela milícia real.
Os dois espíritos passaram alguns anos perambulando pelo Umbral, depois foram recolhidos e encaminhados para a Colônia Espiritual de Triagem. Reencarnaram, dessa vez no Brasil central, sob o jugo da escravidão, como pai e filho. Tentaram a fuga para o Kilombo diversas vezes e até auxiliaram diversos negros a escapar. Conseguiram auxiliar algumas pessoas idosas e até mulheres e crianças a fugir. Mas, todas as vezes que tentavam escapar eram presos e levados ao tronco. João, o pai, que já havia sido o irmão mais novo, tentava proteger o filho (Benedito) de todas as formas. João estava com 43 anos e Benedito tinha 14 anos, nessa época. A mãe "Nhá Maria" já havia falecido e os dois foram os únicos que restaram de toda a família. Muitos de seus amigos e familiares já haviam fugido para o Kilombo das Almas no estados das Minas Gerais.
Era o ano de 1783 e eles tentaram fugir mais uma vez, mas foram pegos. Dessa vez, morreram no tronco ao som da chibata, sem água e sem comida. Como haviam aprendido a conviver e a trabalhar juntos, foram convidados a representar o culto africano que crescia no Brasil. Eles seriam os guardiões da "Meia Noite" no Culto dos Ancestrais, pois é a hora em que Exu socorre as almas perdidas. Seriam reconhecidos pelos nomes de "Exu Veludo da Meia Noite" e "Exu Veludinho da Meia Noite e Meia". A função deles seria impedir que seus irmãos de raça e cor usassem a religião para a vingança e a crueldade.
Eles foram doutrinados no uso correto da magia, aprenderam a desmanchar amarrações e receberam o conhecimento de como neutralizar possessões. Assim, iniciaram suas tarefas no astral inferior das trevas demoníacas. Aqui abro um parênteses, para explicar que esses dois foram designados para essa tarefa, pois muito antes dessas encarnações que me permitiram descrever, eles foram Magos do Antigo Egito (há mais de cinco mil anos). Então, João (Jilian) e Benedito (Jean) já se conheciam há muitos e muitos anos, porém, não conviviam. Foi assim que o Senhor Exu Veludo da Meia Noite e o Pequeno Exu Mirim Veludinho da Meia Noite e Meia começaram a trabalhar antes do surgimento da Umbanda Sagrada como religião no Brasil.
*Foi muito complicado conseguir uma imagem verdadeira do Veludinho, pois esse "moleque" se esconde até na internet. Do Senhor Exu Veludo conseguimos uma imagem mais aproximada...
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Exu Porteira
O Senhor das Portas Abertas ou Fechadas!
O Senhor Exu Porteira não cuida apenas das "porteiras" de um cemitério. A palavra porteira, na verdade, refere-se a "passagem" ou porta. Um Exu Porteira cuida de todos os portais e passagens de diversos lugares nos Planos Espirituais. Ele é o intermediário entre dois planos, sejam eles: espiritual e terreno, ígneo e telúrico, etérico e astral, ou outros.
Bom, o Exu Porteira desta seara nos contou a seguinte história: "Nasceu em Londres no século XVI, foi um Lorde inglês e aristocrata. Trabalhou junto ao governo da Coroa Britânica, servindo a Rainha da Escócia. Viveu uma vida de luxo e tradição junto ao Reino Unido por sessenta anos. Morreu em 1564, de parada cardíaca. Teve uma entrevida sem grande importância e depois reencarnou no Brasil, no ano de 1688. Tornou-se produtor de café nas terras do estado de São Paulo, durante o século XVIII, pois o café estava se poupularizando na Europa. Viveu novamente uma vida de luxo e aristocracia, dessa vez, junto ao governo português. Desencarnou aos 80 anos... Em suas vidas de aristocracia viajou muito e conheceu diversas culturas. Sempre foi um espírito muito inteligente, conhecedor das diferenças sociais e dos mistérios da vida. Ao chegar ao Plano Espiritual decidiu estudar e trabalhar. Queria entender os mistérios da vida e do Universo. Assim, tornou-se o Guardião das Sete Porteiras Espirituais!"
O Senhor Exu Porteira não cuida apenas das "porteiras" de um cemitério. A palavra porteira, na verdade, refere-se a "passagem" ou porta. Um Exu Porteira cuida de todos os portais e passagens de diversos lugares nos Planos Espirituais. Ele é o intermediário entre dois planos, sejam eles: espiritual e terreno, ígneo e telúrico, etérico e astral, ou outros.
Bom, o Exu Porteira desta seara nos contou a seguinte história: "Nasceu em Londres no século XVI, foi um Lorde inglês e aristocrata. Trabalhou junto ao governo da Coroa Britânica, servindo a Rainha da Escócia. Viveu uma vida de luxo e tradição junto ao Reino Unido por sessenta anos. Morreu em 1564, de parada cardíaca. Teve uma entrevida sem grande importância e depois reencarnou no Brasil, no ano de 1688. Tornou-se produtor de café nas terras do estado de São Paulo, durante o século XVIII, pois o café estava se poupularizando na Europa. Viveu novamente uma vida de luxo e aristocracia, dessa vez, junto ao governo português. Desencarnou aos 80 anos... Em suas vidas de aristocracia viajou muito e conheceu diversas culturas. Sempre foi um espírito muito inteligente, conhecedor das diferenças sociais e dos mistérios da vida. Ao chegar ao Plano Espiritual decidiu estudar e trabalhar. Queria entender os mistérios da vida e do Universo. Assim, tornou-se o Guardião das Sete Porteiras Espirituais!"
Exu Lúcifer
Primeiramente, vamos elucidar que demoramos para escrever essa postagem a pedido de nossos próprios Mentores. Depois, há o fato de todo o preconceito e desconhecimento em torno dos Exus e das Pombagiras, que são Entidades Yorubanas da África. Então, imaginem escrever sobre "Lúcifer", que é citado na Bíblia como o "Anjo Caído do Senhor"!?
O seu nome significa: Lucem Ferre - o "Portador da Luz", mas ele possui outros nomes, em outros idiomas, como: Heilel Bem-Shachar, Heosphoros, Shai'tan, entre outros. Muitos chamam-no de Diabo, Satã ou Satanás e outros nomes. Baco, o deus grego, também já foi confundido com ele, quando a Igreja Católica dominou a maioria dos continentes. E, também, houveram outras entidades e devas de religiões pagãs, que foram chamadas de "demoníacas" ou "satânicas"; fazendo com que seus seguidores fossem "queimados vivos" e chamados de adoradores do Diabo.
Antes de começar realmente a escrever sobre esse Exu, queremos citar uma passagem Bíblica (Jó 1;6-12), onde Deus reúne seus servos e dentre eles está o "diabo". Então Deus pergunta a "ele" sobre Jó: "Você tem visto meu servo Jó?" E, ele começa a debater com Deus, a fidelidade de Jó. Então, Deus lhe dá a permissão de importunar seu servo da maneira que quiser, mas "sem tocar em sua vida". Vejam só: Deus permite ao Diabo incomodar Jó, desde que não lhe tire a vida. Isso está bastante claro: Deus comanda a tudo e Lúcifer é também seu servo.
Quando alguém comete erros, desatinos ou pratica o mal, ele exime-se de sua culpa dizendo: eu fui "atentado", a culpa não é minha, eu fui induzido a fazer essas coisas... Temos esse costume de culpar os outros por nossos erros, em vez de assumirmos nossas culpas e nossas falhas. As religiões espiritualistas acreditam que cada um possui em si mesmo o bem e o mal e que o próprio indivíduo é responsável pela sua evolução. Assim, não há como culpar o outro por nossas derrotas. Nós somos responsáveis por nós mesmos.
O Senhor Exu Lúcifer é o Senhor Absoluto do mais baixo Umbral! Ele é responsável por recolher e doutrinar as almas desviadas do caminho do bem. Junto dele atuam diversos Exus e Pombagiras, mas seus fiéis servos são os populares "Cramunhãozinhos" - alguns chamam de Capetinhas ou Diabinhos. Eles são os responsáveis por "infernizar, atormentar e testar" a vida da pessoa que precisa provar seu valor a Deus. Por que eles possuem essa permissão? Porque todo indivíduo que possui missão, pode corromper-se e desviar-se do bom caminho, praticando todo o tipo de malefícios. Nada melhor do que "o morador mais antigo da Terra e o maior conhecedor de todos os males" testar a criatura em seus anseios.
Prova disso, de que todos são testados sem distinção, está no Período da Quaresma - da quarentena de Cristo no deserto - onde o Diabo também tenta e testa Jesus em seu verdadeiro objetivo de vida. A pergunta que cabe aqui é: "Deus permitiu ao Diabo testar seu próprio Filho?" Sim, porque é Deus Quem a tudo permite - é Bíblico! Então, se somos "tentados" ou "testados" isso ocorre com a permissão de Nosso Pai Maior (Olorum - Zambi - Deus). Pois, Ele precisa ter certeza que cumpriremos nossa missão verdadeiramente, dentro da Lei Maior.
Exu Lúcifer não tem uma história, pois simplesmente existe e sempre existiu. Onde os Mundos são criados, onde a vida é gerada, ele é designado para trabalhar. Ele está lá para manter a Ordem e o Equilíbrio. Ele sempre é condenado, julgado e rechaçado - essa é a sua sina, mas ele a aceitou por amor ao Pai - pois, alguém precisa comandar o Escuro das Almas. Quem possui um Exu Lúcifer em sua hierarquia de trabalho, pode ter certeza de que possui débitos com a Lei da Justiça Cósmica Universal e a melhor forma de quitá-la é cumprir sua missão de comando com sabedoria, sem fazer mal uso dessa "força sobrenatural".
Os cramunhãozinhos, capetinhas ou diabinhos não são Exus Mirins. Eles são, na verdade, Elementais Negativos do "Embaixo": auxiliares do Maioral. Um elemental não é um espírito, ele é uma forma astral, que ocupa um Reino a parte e habita outros mundos. Por isso, eles podem deslocar-se no tempo e no espaço e "aparecer" onde quiserem. Da mesma forma, O Maioral "Senhor Lúcifer", não é um espírito, nunca foi, pois não possuiu vida carnal. Ele passou diretamente, de um Reino Angelical a um Reino Astral, para cumprir sua missão de "doutrinador" dos espíritos errantes. Lúcifer, com seus diabinhos, infernizam, testam e tentam todo e qualquer ser humano, para que Olorum (Zambi) tenha certeza de sua fidelidade!
O seu nome significa: Lucem Ferre - o "Portador da Luz", mas ele possui outros nomes, em outros idiomas, como: Heilel Bem-Shachar, Heosphoros, Shai'tan, entre outros. Muitos chamam-no de Diabo, Satã ou Satanás e outros nomes. Baco, o deus grego, também já foi confundido com ele, quando a Igreja Católica dominou a maioria dos continentes. E, também, houveram outras entidades e devas de religiões pagãs, que foram chamadas de "demoníacas" ou "satânicas"; fazendo com que seus seguidores fossem "queimados vivos" e chamados de adoradores do Diabo.
Antes de começar realmente a escrever sobre esse Exu, queremos citar uma passagem Bíblica (Jó 1;6-12), onde Deus reúne seus servos e dentre eles está o "diabo". Então Deus pergunta a "ele" sobre Jó: "Você tem visto meu servo Jó?" E, ele começa a debater com Deus, a fidelidade de Jó. Então, Deus lhe dá a permissão de importunar seu servo da maneira que quiser, mas "sem tocar em sua vida". Vejam só: Deus permite ao Diabo incomodar Jó, desde que não lhe tire a vida. Isso está bastante claro: Deus comanda a tudo e Lúcifer é também seu servo.
Quando alguém comete erros, desatinos ou pratica o mal, ele exime-se de sua culpa dizendo: eu fui "atentado", a culpa não é minha, eu fui induzido a fazer essas coisas... Temos esse costume de culpar os outros por nossos erros, em vez de assumirmos nossas culpas e nossas falhas. As religiões espiritualistas acreditam que cada um possui em si mesmo o bem e o mal e que o próprio indivíduo é responsável pela sua evolução. Assim, não há como culpar o outro por nossas derrotas. Nós somos responsáveis por nós mesmos.
O Senhor Exu Lúcifer é o Senhor Absoluto do mais baixo Umbral! Ele é responsável por recolher e doutrinar as almas desviadas do caminho do bem. Junto dele atuam diversos Exus e Pombagiras, mas seus fiéis servos são os populares "Cramunhãozinhos" - alguns chamam de Capetinhas ou Diabinhos. Eles são os responsáveis por "infernizar, atormentar e testar" a vida da pessoa que precisa provar seu valor a Deus. Por que eles possuem essa permissão? Porque todo indivíduo que possui missão, pode corromper-se e desviar-se do bom caminho, praticando todo o tipo de malefícios. Nada melhor do que "o morador mais antigo da Terra e o maior conhecedor de todos os males" testar a criatura em seus anseios.
Prova disso, de que todos são testados sem distinção, está no Período da Quaresma - da quarentena de Cristo no deserto - onde o Diabo também tenta e testa Jesus em seu verdadeiro objetivo de vida. A pergunta que cabe aqui é: "Deus permitiu ao Diabo testar seu próprio Filho?" Sim, porque é Deus Quem a tudo permite - é Bíblico! Então, se somos "tentados" ou "testados" isso ocorre com a permissão de Nosso Pai Maior (Olorum - Zambi - Deus). Pois, Ele precisa ter certeza que cumpriremos nossa missão verdadeiramente, dentro da Lei Maior.
Exu Lúcifer não tem uma história, pois simplesmente existe e sempre existiu. Onde os Mundos são criados, onde a vida é gerada, ele é designado para trabalhar. Ele está lá para manter a Ordem e o Equilíbrio. Ele sempre é condenado, julgado e rechaçado - essa é a sua sina, mas ele a aceitou por amor ao Pai - pois, alguém precisa comandar o Escuro das Almas. Quem possui um Exu Lúcifer em sua hierarquia de trabalho, pode ter certeza de que possui débitos com a Lei da Justiça Cósmica Universal e a melhor forma de quitá-la é cumprir sua missão de comando com sabedoria, sem fazer mal uso dessa "força sobrenatural".
Os cramunhãozinhos, capetinhas ou diabinhos não são Exus Mirins. Eles são, na verdade, Elementais Negativos do "Embaixo": auxiliares do Maioral. Um elemental não é um espírito, ele é uma forma astral, que ocupa um Reino a parte e habita outros mundos. Por isso, eles podem deslocar-se no tempo e no espaço e "aparecer" onde quiserem. Da mesma forma, O Maioral "Senhor Lúcifer", não é um espírito, nunca foi, pois não possuiu vida carnal. Ele passou diretamente, de um Reino Angelical a um Reino Astral, para cumprir sua missão de "doutrinador" dos espíritos errantes. Lúcifer, com seus diabinhos, infernizam, testam e tentam todo e qualquer ser humano, para que Olorum (Zambi) tenha certeza de sua fidelidade!
Missão de Exu não é fácil
E disse Olorum ao criar Exu: "Meu filho, você será o mais livre de todos os Orixás, será o mais humano e o mais mundano, será o mais aclamado e o mais odiado... Ainda, assim, aceita essa tarefa?" - "Sim, meu Pai."
E veio Exu ao mundo terreno e fez sua morada. Sua missão era testar e observar os homens e auxiliá-los em tarefas diversas e Exu foi confundido... Acharam que Exu fosse o Diabo, pois a Terra era um caos de religiões. E alguns o aclamaram e outros o odiaram. Até o expulsaram e não o compreenderam.
Exu, por fim, se fez ouvir e provou seu valor...
Hoje, alguns compreendem e aceitam Exu. Mas, nem todos o entendem. Ainda existem aqueles que lhe pedem favores diversos e lhe cobram servidão. Também existem aqueles que desmerecem Exu, como um simples servo do acaso. Enfim, Exu é o que Zambi disse...
A Umbanda e todas as religiões não existem sem Exu, mesmo que não lhe dêem esse nome. Exu é a base de toda religião. Exu é a pedra fundamental. Exu é o alicerce que apóia e que firma o caminho dos demais Orixás, Deuses e Santos nos trabalhos de propagação da fé. Ele é o Guardião dos Caminhos!
Exu pode ser amigo, Exu pode ser inimigo. Exu pode fazer valer a Lei. Exu pode cobrar o preço. Exu tem o direito da primeira oferta. Esse é o seu mérito.
Quem trabalha na Umbanda e desconhece Exu, desconhece o verdadeiro valor da Umbanda. Porque quem guarda a casa e seus afiliados é Exu.
Exu pode ser odiado, maltratado, perseguido e escouraçado; mas não pode ser extinto. Exu é o contraposto da criação; é o equilíbrio da ação; é a vontade do Criador agindo no meio humano.
E é assim, mesmo quem não o quer, o tem por perto. Exu protege mesmo quem o odeia! E Exu só se afasta se o Pai lhe pedir. Mesmo que o expulsem, ele dará risadas e dirá: "Sou Exu, não podem me afastar! Essa é minha Lei!"
Laroiê Exu! Salve Exu! Exu Mojubá! Salve a sua força, salve a sua Lei...
"Sou Exu, trabalho no canto...
Quando canto, desmancho quebranto!"
E veio Exu ao mundo terreno e fez sua morada. Sua missão era testar e observar os homens e auxiliá-los em tarefas diversas e Exu foi confundido... Acharam que Exu fosse o Diabo, pois a Terra era um caos de religiões. E alguns o aclamaram e outros o odiaram. Até o expulsaram e não o compreenderam.
Exu, por fim, se fez ouvir e provou seu valor...
Hoje, alguns compreendem e aceitam Exu. Mas, nem todos o entendem. Ainda existem aqueles que lhe pedem favores diversos e lhe cobram servidão. Também existem aqueles que desmerecem Exu, como um simples servo do acaso. Enfim, Exu é o que Zambi disse...
A Umbanda e todas as religiões não existem sem Exu, mesmo que não lhe dêem esse nome. Exu é a base de toda religião. Exu é a pedra fundamental. Exu é o alicerce que apóia e que firma o caminho dos demais Orixás, Deuses e Santos nos trabalhos de propagação da fé. Ele é o Guardião dos Caminhos!
Exu pode ser amigo, Exu pode ser inimigo. Exu pode fazer valer a Lei. Exu pode cobrar o preço. Exu tem o direito da primeira oferta. Esse é o seu mérito.
Quem trabalha na Umbanda e desconhece Exu, desconhece o verdadeiro valor da Umbanda. Porque quem guarda a casa e seus afiliados é Exu.
Exu pode ser odiado, maltratado, perseguido e escouraçado; mas não pode ser extinto. Exu é o contraposto da criação; é o equilíbrio da ação; é a vontade do Criador agindo no meio humano.
E é assim, mesmo quem não o quer, o tem por perto. Exu protege mesmo quem o odeia! E Exu só se afasta se o Pai lhe pedir. Mesmo que o expulsem, ele dará risadas e dirá: "Sou Exu, não podem me afastar! Essa é minha Lei!"
Laroiê Exu! Salve Exu! Exu Mojubá! Salve a sua força, salve a sua Lei...
"Sou Exu, trabalho no canto...
Quando canto, desmancho quebranto!"
Exu Giramundo
Um Exu que veio de outro mundo!
Sua história começou muito antes de muitas histórias... Muitos de vocês, talvez não acreditem em vida fora da Terra, mas esse Exu veio de outras Terras, de outros mundos. Viveu em um planeta melhor e mais evoluído que o nosso, em outro Sistema Solar. Acompanhou a orbe dos "exilados" para povoar esse novo mundo, mas ao chegar aqui, conheceu o amor de uma mortal humana e apaixonou-se. Esqueceu de seu compromisso como guardião estelar, esqueceu quem era e apenas quis viver esse amor. Quis ser mortal, tornar-se humano e viver por aqui. Porém, ao fazer isso, foi expulso da Federação e perdeu seus direitos. Ao aceitar viver na Terra, sofreu as dores da carne e de ser renegado, foi perseguido por aqueles que trouxe e pelos seus; foi um excluído!
Somente sua amada ainda o quis e com ela fugiu... Mas foi caçado! Mataram-na e ele nada mais teve de seu... Somente seu ódio e sua sede de vingança! Descobriu o que é ser humano! Tornou-se um bárbaro e um conquistador. Conquistou reinos e pessoas. Ficou conhecido como o "El Diablo Negro"! Podia ir e estar em qualquer lugar - seu poder era enorme!
Na época de sua primeira vida na Terra, os Atlantes ainda existiam... A partir daí reencarnou em Lemúria, em Mu, no baixo Egito, na África e sempre com a mesma tirania conduzia o seu povo. Tornou-se amado e odiado. Quando não lembrava mais quem era e de onde veio, reencontrou o amor de uma mulher, muito parecida com aquela que amou um dia. Ela vivia entre o povo hebreu que fugiu do Egito, sob o comando de Moisés. A história dela era muito parecida com uma história que ele conheceu em outras épocas e algo dentro dele renasceu...
A partir dessa vida, passou a reencarnar no oriente, entre o povo de pele amarela... Conheceu o Hinduísmo e o Xintoísmo e tornou-se menos tirano. Sua última encarnação foi na época de Buda. Conheceu sua filosofia de vida. Decidiu mudar e reaprendeu a viver. Ao desencarnar foi convidado a trabalhar na semeadura de um novo compromisso nas terras onde andou. Conheceu, então, o Cristianismo! E mais tarde também auxiliou Maomé.
Depois disso passou a atuar no planeta em todas religiões nascentes e crescentes. É por isso que hoje ele trabalha na Umbanda, como já trabalhou em tantas outras religiões. Seu nome: EXU GIRAMUNDO, vem do fato dele poder estar em diversas esferas, atuar em diversos setores e se deslocar no tempo e no espaço com muita habilidade. Por isso, ele gira o mundo e sempre sabe como resolver uma situação ou como encontrar uma solução para o problema em questão. Porque ele é verdadeiramente um guardião!
Sua história começou muito antes de muitas histórias... Muitos de vocês, talvez não acreditem em vida fora da Terra, mas esse Exu veio de outras Terras, de outros mundos. Viveu em um planeta melhor e mais evoluído que o nosso, em outro Sistema Solar. Acompanhou a orbe dos "exilados" para povoar esse novo mundo, mas ao chegar aqui, conheceu o amor de uma mortal humana e apaixonou-se. Esqueceu de seu compromisso como guardião estelar, esqueceu quem era e apenas quis viver esse amor. Quis ser mortal, tornar-se humano e viver por aqui. Porém, ao fazer isso, foi expulso da Federação e perdeu seus direitos. Ao aceitar viver na Terra, sofreu as dores da carne e de ser renegado, foi perseguido por aqueles que trouxe e pelos seus; foi um excluído!
Somente sua amada ainda o quis e com ela fugiu... Mas foi caçado! Mataram-na e ele nada mais teve de seu... Somente seu ódio e sua sede de vingança! Descobriu o que é ser humano! Tornou-se um bárbaro e um conquistador. Conquistou reinos e pessoas. Ficou conhecido como o "El Diablo Negro"! Podia ir e estar em qualquer lugar - seu poder era enorme!
Na época de sua primeira vida na Terra, os Atlantes ainda existiam... A partir daí reencarnou em Lemúria, em Mu, no baixo Egito, na África e sempre com a mesma tirania conduzia o seu povo. Tornou-se amado e odiado. Quando não lembrava mais quem era e de onde veio, reencontrou o amor de uma mulher, muito parecida com aquela que amou um dia. Ela vivia entre o povo hebreu que fugiu do Egito, sob o comando de Moisés. A história dela era muito parecida com uma história que ele conheceu em outras épocas e algo dentro dele renasceu...
A partir dessa vida, passou a reencarnar no oriente, entre o povo de pele amarela... Conheceu o Hinduísmo e o Xintoísmo e tornou-se menos tirano. Sua última encarnação foi na época de Buda. Conheceu sua filosofia de vida. Decidiu mudar e reaprendeu a viver. Ao desencarnar foi convidado a trabalhar na semeadura de um novo compromisso nas terras onde andou. Conheceu, então, o Cristianismo! E mais tarde também auxiliou Maomé.
Depois disso passou a atuar no planeta em todas religiões nascentes e crescentes. É por isso que hoje ele trabalha na Umbanda, como já trabalhou em tantas outras religiões. Seu nome: EXU GIRAMUNDO, vem do fato dele poder estar em diversas esferas, atuar em diversos setores e se deslocar no tempo e no espaço com muita habilidade. Por isso, ele gira o mundo e sempre sabe como resolver uma situação ou como encontrar uma solução para o problema em questão. Porque ele é verdadeiramente um guardião!
Exu das Sete Encruzilhadas!
Um Exu amigo e irmão...
As pessoas desconhecedoras do verdadeiro sentido de "Exu" confundem-no com entidades de baixa-vibração. Desconhecem sua real atuação no campo astral e no recolhimento dos espíritos sofredores, bem como de sua proteção aos seus assistidos.
Um Exu é, antes de tudo, um guardião compenetrado e bem intencionado na defesa psíquica de seu acompanhado. Porém, Exu possui uma particularidade: ele pode trafegar nas duas esferas (positiva e negativa) e não compromete sua evolução por conta disso, pois é da Lei de Exu ser assim. Então, ele atende o que lhe é pedido e depois cobra: porque é seu direito cobrar. Mas, Exu, nada tem a ver com "diabo" e espíritos malignos. Todo espírito que se torna entidade de uma falange e atua numa vibração defendendo seus médiuns é porque possui sua evolução pessoal.
Eu conheci um Exu de espírito nobre e alma compenetrada, sempre pronto a auxiliar: O Exu Rei das Sete Encruzilhadas! Ele contou-me sua história: foi gaúcho, lutou na Guerra dos Farrapos, comandou sua tropa, mas não me deu detalhes de seu nome e de quem realmente foi. Apenas deu detalhes da Revolução Farroupilha e provou que esteve por lá.
Sua forma de trabalhar como Exu era bastante peculiar: ele incorporava fazendo graça de sua aparência de desencarnado - degolado! E depois ficava sério e saía caminhando pela casa.
Uma vez aconteceu um fato curioso: estávamos reformando a casa e enquanto uma das tábuas era despregada para retirar os cupins, ele ria e dizia: "- Estão despregando a tábua errada!" E apontava uma tábua perfeita... Duvidamos! Mas, ele tanto insistiu que fomos obrigados a despregar a tábua apontada. Mas, qual não foi nossa surpresa, ao descobrir que o ninho de cupins estava justamente naquele tábua???
Esse é o Senhor Exu das Sete Encruzilhadas! Eu diria: Ele é uma figura!
Nunca o vi alterado, sempre sério ou brincando, mas sempre trabalhando na Lei. E se alguém lhe dissesse: - Tem jeito do senhor fazer "alguma coisa" aí por mim? Ele já respondia: " - Que coisa é essa? Se for coisa errada, vai procurar o que fazer que eu quero evoluir!"
Esses tempos descobri que ele me acompanha desde que nasci. Minha mãe um dia me falou: "- Quando você era criança vivia dizendo que no seu quarto tinha um homem vestido de preto, com chapéu e tudo, que sorria e dizia: Não tenha medo, estou aqui te cuidando!"
Existem entidades que se fazem passar por Exu e praticam todo o tipo de barbaridades com seus médiuns. E por causa dessas pessoas, a Umbanda ficou mal vista e mal interpretada! Mas, Exu que trabalha na Lei sempre guarda a Lei de Umbanda! E a Umbanda precisa de Exu! É como o ponto cantado que diz: "Exu, Exu, sem Exu não se faz nada! Exu, Exu, Rei das Sete Encruzilhadas!"
Laroiê meu amigo e meu irmão - essa postagem é para você!
As pessoas desconhecedoras do verdadeiro sentido de "Exu" confundem-no com entidades de baixa-vibração. Desconhecem sua real atuação no campo astral e no recolhimento dos espíritos sofredores, bem como de sua proteção aos seus assistidos.
Um Exu é, antes de tudo, um guardião compenetrado e bem intencionado na defesa psíquica de seu acompanhado. Porém, Exu possui uma particularidade: ele pode trafegar nas duas esferas (positiva e negativa) e não compromete sua evolução por conta disso, pois é da Lei de Exu ser assim. Então, ele atende o que lhe é pedido e depois cobra: porque é seu direito cobrar. Mas, Exu, nada tem a ver com "diabo" e espíritos malignos. Todo espírito que se torna entidade de uma falange e atua numa vibração defendendo seus médiuns é porque possui sua evolução pessoal.
Eu conheci um Exu de espírito nobre e alma compenetrada, sempre pronto a auxiliar: O Exu Rei das Sete Encruzilhadas! Ele contou-me sua história: foi gaúcho, lutou na Guerra dos Farrapos, comandou sua tropa, mas não me deu detalhes de seu nome e de quem realmente foi. Apenas deu detalhes da Revolução Farroupilha e provou que esteve por lá.
Sua forma de trabalhar como Exu era bastante peculiar: ele incorporava fazendo graça de sua aparência de desencarnado - degolado! E depois ficava sério e saía caminhando pela casa.
Uma vez aconteceu um fato curioso: estávamos reformando a casa e enquanto uma das tábuas era despregada para retirar os cupins, ele ria e dizia: "- Estão despregando a tábua errada!" E apontava uma tábua perfeita... Duvidamos! Mas, ele tanto insistiu que fomos obrigados a despregar a tábua apontada. Mas, qual não foi nossa surpresa, ao descobrir que o ninho de cupins estava justamente naquele tábua???
Esse é o Senhor Exu das Sete Encruzilhadas! Eu diria: Ele é uma figura!
Nunca o vi alterado, sempre sério ou brincando, mas sempre trabalhando na Lei. E se alguém lhe dissesse: - Tem jeito do senhor fazer "alguma coisa" aí por mim? Ele já respondia: " - Que coisa é essa? Se for coisa errada, vai procurar o que fazer que eu quero evoluir!"
Esses tempos descobri que ele me acompanha desde que nasci. Minha mãe um dia me falou: "- Quando você era criança vivia dizendo que no seu quarto tinha um homem vestido de preto, com chapéu e tudo, que sorria e dizia: Não tenha medo, estou aqui te cuidando!"
Existem entidades que se fazem passar por Exu e praticam todo o tipo de barbaridades com seus médiuns. E por causa dessas pessoas, a Umbanda ficou mal vista e mal interpretada! Mas, Exu que trabalha na Lei sempre guarda a Lei de Umbanda! E a Umbanda precisa de Exu! É como o ponto cantado que diz: "Exu, Exu, sem Exu não se faz nada! Exu, Exu, Rei das Sete Encruzilhadas!"
Laroiê meu amigo e meu irmão - essa postagem é para você!
Exu Capa Preta
Apresento-vos um Exu que já foi "Mago Negro"!
Ontem, durante um dos trabalhos da casa, o Senhor Exu Capa Preta me disse: "- Ei, você não vai escrever sobre mim?" E eu respondi: - Você não me deu permissão e nem me contou sua história... Então, ele me olhou e eu entendi que podia contar.
Agora, transcrevo a história do Senhor Exu Capa Preta, que trabalha nesta Casa de Umbanda:
Ele viveu no século XVI, no norte da Europa. Serviu a Igreja Católica como clérigo e mais tarde como Inquisidor; mandou perseguir muita gente e matou muitos: degolados, enforcados e queimados. Era cruel e firme em suas decisões - muitos o temiam! Seu nome era sinal de respeito pela Igreja e de pavor entre os moradores. Jamais recuou em uma decisão; jamais se arrependeu delas! Tornou-se um dos Maiores Inquisidores Negros de toda a Europa! O Inquisidor era tido como "negro" quando sua sede de sangue era profunda e mordaz.
Ao desencarnar percebeu que o espírito é eterno e que todas as nossas decisões nos aguardam do outro lado. Seu espírito, em verdade, era o de um cientista evoluído, que perdeu essa encarnação por todo o mal praticado. Já havia sido alquimista e astrônomo em outras vidas. Serviu reis e rainhas como conselheiro. Percebeu que quase se perdeu...
Um Exu Capa Preta é uma entidade que possui inúmeras qualidades e conhecimentos variados, sobre os mais diversos temas e pode atuar em muitas esferas. Para evoluir e pagar seu Kharma de cruel perseguidor, foi solicitado pela Colônia de Aruanda a servir todo e qualquer falangeiro como um emissário "Capa Preta". Sua Capa esconde sua vergonha e é preta até que possa evoluir e torná-la alva como a luz.
Mas, se enganam aqueles que pensam que ele ainda não evoluiu, pois sua dívida está quitada... Porém, quis ele permanecer no meio umbralino resgatando a todos que, como ele, abusaram do poder e usurparam a justiça.
O Senhor "Capa Preta" é hoje um justiceiro do Reino de Maria, a quem serve com devoção e amor, por ser ela a Mãe devotada que o tirou das prisões infernais!
E como pediu-me, aqui relatei sua história...
Ontem, durante um dos trabalhos da casa, o Senhor Exu Capa Preta me disse: "- Ei, você não vai escrever sobre mim?" E eu respondi: - Você não me deu permissão e nem me contou sua história... Então, ele me olhou e eu entendi que podia contar.
Agora, transcrevo a história do Senhor Exu Capa Preta, que trabalha nesta Casa de Umbanda:
Ele viveu no século XVI, no norte da Europa. Serviu a Igreja Católica como clérigo e mais tarde como Inquisidor; mandou perseguir muita gente e matou muitos: degolados, enforcados e queimados. Era cruel e firme em suas decisões - muitos o temiam! Seu nome era sinal de respeito pela Igreja e de pavor entre os moradores. Jamais recuou em uma decisão; jamais se arrependeu delas! Tornou-se um dos Maiores Inquisidores Negros de toda a Europa! O Inquisidor era tido como "negro" quando sua sede de sangue era profunda e mordaz.
Ao desencarnar percebeu que o espírito é eterno e que todas as nossas decisões nos aguardam do outro lado. Seu espírito, em verdade, era o de um cientista evoluído, que perdeu essa encarnação por todo o mal praticado. Já havia sido alquimista e astrônomo em outras vidas. Serviu reis e rainhas como conselheiro. Percebeu que quase se perdeu...
Um Exu Capa Preta é uma entidade que possui inúmeras qualidades e conhecimentos variados, sobre os mais diversos temas e pode atuar em muitas esferas. Para evoluir e pagar seu Kharma de cruel perseguidor, foi solicitado pela Colônia de Aruanda a servir todo e qualquer falangeiro como um emissário "Capa Preta". Sua Capa esconde sua vergonha e é preta até que possa evoluir e torná-la alva como a luz.
Mas, se enganam aqueles que pensam que ele ainda não evoluiu, pois sua dívida está quitada... Porém, quis ele permanecer no meio umbralino resgatando a todos que, como ele, abusaram do poder e usurparam a justiça.
O Senhor "Capa Preta" é hoje um justiceiro do Reino de Maria, a quem serve com devoção e amor, por ser ela a Mãe devotada que o tirou das prisões infernais!
E como pediu-me, aqui relatei sua história...
EXU JOÃO TATA CAVEIRA
Não pretendo aqui fazer nenhuma propaganda de livros, mas acredito que uma boa leitura espiritual sempre e bem vindo principalmente quando se trata de uma das passagens terrena de uma entidade dos caveira (João Tata Caveira).
Para quem se interessa pelo estilo literário romance espírita, o livro A Saga de João Tatá Caveira é uma boa opção de leitura. De acordo com o autor, o médium Márcio Martins, toda a história foi psicografada, sendo ditada pelo próprio protagonista.
Segundo o autor, o livro foi ditado pela entidade João Tatá Caveira
O livro conta a história de um empresário do ramo de tecidos que viveu no final do século 19. João, então um homem dedicado e bondoso começa a ganhar dinheiro quando permite algumas transações ilegais em seu negócio. Com o passar do tempo, o personagem se entrega a uma vida de vaidades, luxuria e muita corrupção. Porém, a queda de João inicia-se quando ele começa a matar inimigos e a se vingar de quem assassinou seu irmão.
Como toda ação tem uma reação, após a morte, João é atormentado no plano espiritual enquanto tenta descobrir sua missão. Como a corrupção e a ganância pelo poder o acompanham no pós-túmulo, não demora muito para João virar uma entidade das trevas dedicada a destruir lares e arruinar vidas. Nesse ponto, o inferno lhe garante um sobrenome poderoso entre os espíritos malignos: João Tatá Caveira.
O livro é uma narração simples, sem muitos detalhes, o que possibilita uma leitura rápida e leve. Por outro lado, a falta de pormenores pode confundir o leitor quanto à passagem de tempo.
O ponto interessante no livro começa quando o personagem morre, pois descreve muito bem o conflito existente no mundo pós-morte, de acordo com a crença umbandista, sendo um prato cheio para os curiosos ou os interessados nesse assunto.
Para quem se interessa pelo estilo literário romance espírita, o livro A Saga de João Tatá Caveira é uma boa opção de leitura. De acordo com o autor, o médium Márcio Martins, toda a história foi psicografada, sendo ditada pelo próprio protagonista.
Segundo o autor, o livro foi ditado pela entidade João Tatá Caveira
O livro conta a história de um empresário do ramo de tecidos que viveu no final do século 19. João, então um homem dedicado e bondoso começa a ganhar dinheiro quando permite algumas transações ilegais em seu negócio. Com o passar do tempo, o personagem se entrega a uma vida de vaidades, luxuria e muita corrupção. Porém, a queda de João inicia-se quando ele começa a matar inimigos e a se vingar de quem assassinou seu irmão.
Como toda ação tem uma reação, após a morte, João é atormentado no plano espiritual enquanto tenta descobrir sua missão. Como a corrupção e a ganância pelo poder o acompanham no pós-túmulo, não demora muito para João virar uma entidade das trevas dedicada a destruir lares e arruinar vidas. Nesse ponto, o inferno lhe garante um sobrenome poderoso entre os espíritos malignos: João Tatá Caveira.
O livro é uma narração simples, sem muitos detalhes, o que possibilita uma leitura rápida e leve. Por outro lado, a falta de pormenores pode confundir o leitor quanto à passagem de tempo.
O ponto interessante no livro começa quando o personagem morre, pois descreve muito bem o conflito existente no mundo pós-morte, de acordo com a crença umbandista, sendo um prato cheio para os curiosos ou os interessados nesse assunto.
EXU JOÃO CAVEIRA
O Exu João Caveira contou uma de suas vidas passadas.
Disse que na Idade Média, foi um fiel conselheiro de um senhor feudal.
Criada uma situação no feudo de difícil solução, foi solicitada a sua opinião para decidir a questão. Se decidisse de uma forma, agradaria todos os senhores, e de outra forma, faria justiça a todos os desafortunados moradores do lugar.
Para ganhar a simpatia do lado forte, decidiu pela primeira hipótese, mesmo contrariando a sua vontade, que em nenhum momento expressou.
Por causa disso, ganhou um carma enorme, que está resgatando nos terreiros de Quimbanda
Disse que na Idade Média, foi um fiel conselheiro de um senhor feudal.
Criada uma situação no feudo de difícil solução, foi solicitada a sua opinião para decidir a questão. Se decidisse de uma forma, agradaria todos os senhores, e de outra forma, faria justiça a todos os desafortunados moradores do lugar.
Para ganhar a simpatia do lado forte, decidiu pela primeira hipótese, mesmo contrariando a sua vontade, que em nenhum momento expressou.
Por causa disso, ganhou um carma enorme, que está resgatando nos terreiros de Quimbanda
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Exu verdadeiro.
Exu
de verdade não come vidro, exu de verdade não anda na brasa, exu de
verdade não come fogo, não engole acará, exu de verdade não é aquele que
bebe uma garrafa e não cai para trás, exu de verdade não é aquele que
passa a noite fumando, girando e cantando na frente do Tambor.
Exu de verdade e aquele que carrega o próprio axé, sem colocar culpa inexistente do axé que comeu,da faca que cortou, exu de verdade e aquele que da um bom emprego a seu Médium, exu de verdade e aquele que fez seu aparelho ter saúde, prosperidade, que tira as coisas ruins de seu caminho, que trás trabalho e serviços dias e noites, exu de verdade e aquele que nao deixa seu aparelho cair nos vícios sombrios da vida.
Exu não é dono da adivinhação, mas exu de verdade tem o dever de passar a visão para que seus filhos enxergarem algo melhor para si."
Exu de verdade e aquele que carrega o próprio axé, sem colocar culpa inexistente do axé que comeu,da faca que cortou, exu de verdade e aquele que da um bom emprego a seu Médium, exu de verdade e aquele que fez seu aparelho ter saúde, prosperidade, que tira as coisas ruins de seu caminho, que trás trabalho e serviços dias e noites, exu de verdade e aquele que nao deixa seu aparelho cair nos vícios sombrios da vida.
Exu não é dono da adivinhação, mas exu de verdade tem o dever de passar a visão para que seus filhos enxergarem algo melhor para si."
* Se alguém souber de quem é a autoria do texto, favor informar para darmos os devidos créditos.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016
A Vitalidade – Orixá Exu – Cultura Yorubá
A Vitalidade – Orixá Exu – Cultura Yorubá
Exu é uma divindade como todas as outras, todas as divindades tem origem em Deus, mas a origem cultural de Exu é Africana, Nagô Yorubá.
Na África, os Orixás aparecem na cultura Nagô Yorubál, cultura essa que fala a língua dos Orixás e que é a língua Yorubá, é uma cultura mitológica que explica o mundo, a religião, a fé, a forma de se relacionar com o sagrado, tudo é explicado por meio de mitos – os mitos são relatos.
Relatos estes que nos dão pistas de como entender a vida, entender as coisas por meio do auxílio de arquétipos e das divindades que se manifestam por esses arquétipos. A região que corresponde a essa cultura é a região da Nigéria, no passado cada Orixá tinha uma nação correspondente, uma cidade na qual ali estava o seu culto.
O culto de “Oxalá”, de Obatalá, que é Oxalá, o culto de Oduduá estava na cidade de Ifé – Ilê Ifé; o culto de “Xangô” e de “Yansã” estava em Oyó; o culto de “Oxum” estava em Ijexá; o culto de “Ogum” estava em Irê; o culto de “Oxóssi” estava em Ketu e o culto de “Exu” estava em todos os lugares.
Na África existiam Templos dedicados aos Orixás em cada lugar, mas Exu ninguém sabe dizer qual a cidade ou a nação original ao culto de Exu porque Exu é cultuado em todas as nações, Exu é cultuado em todos os lugares.
Exu é tão importante, que nos mitos, nas lendas, até Oxalá deve oferendar Exu antes de realizar algo e isso é descrito no mito fundante da cultura Nagô Yorubá em que Olorum ou Olodumare que é Deus, chama Oxalá e lhe dá a incumbência de criar o mundo, lhe dá o saco da criação e Oxalá sai do Orum que é o céu para o Ayê que é a Terra com o saco da criação nas mãos.
Oxalá está saindo do Orum para o Ayê então ele está, vamos imaginar esse movimento, saindo do Ayê e descendo para o Orum, vamos imaginar que isto é uma descida vertical, em algum momento há um limiar em que se separa o que está no Orum daquilo que está no Ayê, o que está em cima, o que está embaixo.
Graficamente falando, porque no espaço não há o que está em cima, o que está embaixo. Você precisa ter a terra, o chão, a gravidade e um ponto de referência, mas, aqui temos duas coisas, uma relativa à outra: Orum e Ayê.
E alguém sai do Orum para o Ayê, Oxalá faz a descida para o Ayê, se é uma descida, na vertical, ele cruza o limiar que está na horizontal. Imagine que a descida na vertical de Oxalá cruzando o limiar, ali faz surgir um ponto na criação que é uma encruzilhada, ali já está Exu.
Por isso que se diz “Oxalá é o mais velho dos Orixás”, mas, no momento em que ele faz essa ida do lado interno da criação/do céu/do Orum para o Ayê, ele que é o mais velho se depara com Exu que já estava lá.
Exu é o mais controverso dos Orixás, se diz que “Ele pega hoje, a pedra que vai tacar amanhã”. Exu faz o certo ficar errado e o errado ficar certo porque ele lida com a nossa dualidade, com a dualidade humana. E ali Oxalá sai com o saco da criação e Exu que é “Senhor da Encruzilhada” que está lá vendo Oxalá passar, Oxalá talvez por ser muito velho, talvez por ser o primeiro, talvez por ser o mais esquecido dos Orixás não fez oferenda a Exu.
Exu, que é também “Senhor da magia”, fez com que Oxalá tivesse muita sede e ali, onde Oxalá vai criar o mundo, Exu coloca uma palmeira e Oxalá fura a palmeira para beber o liquido que está lá dentro, Exu colocou vinho e Oxalá se embriaga desse vinho.
Exu toma o saco da criação.
Quando Oxalá acorda, o mundo está criado porque uma dormidinha de Oxalá deve durar milênios e vai até Olorum e diz: “Senhor, meu Pai, veja o que me aconteceu” – isso é mito, isso nunca aconteceu historicamente, isso é um mito pra ensinar coisas sobre os Orixás, pra dar mensagens sobre os Orixás, é para lhe dizer que se até “Oxalá precisa oferendar Exu antes de realizar uma empreitada por que é que você não vai oferendar?”.
É para lhe dizer que “Exu”, esse Orixá que sofre um preconceito terrível, é um Orixá assim como os outros, da mesma estatura, do mesmo escalão, da mesma altura, do mesmo tamanho, da mesma importância, com os mesmos valores que Oxalá, Oxum, Osóssi, Xangô, Obaluayê, Nanã, Yemanjá e que ele já estava lá no primórdio dos tempos, antes que existisse o tempo e o espaço, antes do mundo existir, Exu já estava lá junto de Oxalá. Ele é “senhor das Encruzilhadas”, “Senhor dos mundos”, ele é o “Senhor da magia”.
Olorum diz a Oxalá: vou lhe dar a incumbência de criar os homens, você se estabeleça na terra e ali você vai criar os homens do barro, Oxalá vai criar o homem e a mulher do barro.
Daí se diz que Oxalá faz o homem e a mulher de barro e coloca no forno, é dito que ele ainda estava um pouco embriagado, por isso que tem um que sai mais escurinho, outros menos queimadinhos, outros mais clarinhos, mais gordinhos, outros mais magrinhos porque Oxalá ainda estava meio embriagado e é um tabu a relação de Oxalá com bebida alcóolica, é uma maneira de explicar, de relacionar ou dizer “bebidas alcóolicas não combinam bem com a energia de Oxalá.
Oxalá se estabelece e começa a criar os homens a partir do barro, todos os Orixás visitam Oxalá porque Oxalá é importante na cultura Africana, o mais velho é muito respeitado, todos vão visitar o mais velho, todos visitam, todos os Orixás visitam Oxalá pra aprender um pouco, pra absorver a sua sabedoria, mas Exu chega à casa de Oxalá “de mala e cuia”, Exu chega para morar com Oxalá e isso nos mostra que Oxalá é Orixá do perdão, ele recebe Exu de portas abertas como igual, como um irmão.
E Exu se oferece pra trabalhar com Oxalá porque se todos vão visitar Oxalá pra aprender alguma coisa, Exu vai morar com Oxalá pra aprender mais do que todos os outros porque Exu é muito sabido, Exu é muito esperto, ele vai morar com Oxalá até ao ponto de que Oxalá fica tão agradecido a Exu que Oxalá diz assim, olha: “Antes de chegar à minha casa por esse caminho tem uma encruzilhada, eu vou lhe dar aquela encruzilhada de presente, ninguém mais chega à minha casa sem passar por aquela encruzilhada. Agora você mora na encruzilhada”, então Exu que já é o “Senhor das Encruzilhadas dos mundos” ganha a encruzilha de Terra, a encruzilhada na Terra de Oxalá.
A encruzilhada simboliza os momentos na nossa vida em que nós estamos sem saber por aonde ir e nesses momentos Exu está lá.
Oxalá dá a encruzilhada pra Exu e agora ninguém chega à casa de Oxalá sem passar pela casa de Exu e ninguém visita um Orixá, que é alguém muito importante, sem levar um agrado, uma prenda, um presente – agrado pra Orixá é oferenda – então, ninguém mais chega à casa de Oxalá sem oferendar Exu.
O correto é: sempre que for fazer algo pra qualquer Orixá antes fazer um agrado pra Exu, fazer uma oferenda pra Exu.
Exu é aquele que abre os caminhos, é aquele que transporta o axé, que potencializa que dá força, vigor, energia.
Exu guarda a encruzilhada dos mundos, a encruzilhada da vida, a encruzilhada do caminho.
. Diz ainda esse mito que Orumilá, “Senhor de Ifá”, da revelação, queria um filho homem e vai a casa de Oxalá e Oxalá diz que não tem, que não fez ainda um filho para Orumilá. Então, Orumilá diz “Eu quero como filho aquele que está na encruzilhada” e Oxalá ainda diz “Não, você não vai querer aquele”, ele diz “Eu vou querer aquele” e é Exu.
Oxalá diz “Passe pela encruzilhada, coloque a mão na cabeça dele e vá pra sua casa e encontre uma de suas esposas – que Orumilá tinha muitas esposas, a cultura Nagô é uma cultura onde normalmente os homens tinham muitas mulheres e ai com uma das suas esposas ele tem então um filho e nasce Exu na casa de Orumilá.
Exu nasce na casa de Orumilá sem sair da encruzilhada de Oxalá, Exu está na encruzilhada de Oxalá sem ter saído das encruzilhadas dos mundos, Exu se multiplica, Exu é múltiplo – são muitos.
E Exu nasce com uma fome voraz, Exu é a boca coletiva, ele fala por todas as bocas e ele come por todas as bocas, por isso ele é a boca coletiva, ele tem fome e ele come tudo que tinha pra comer.
Orumilá não sabe mais o que fazer e consulta o oráculo, consulta Olorum, Olorum lhe diz pra voltar pra casa fazer uma oferenda pra Ogum e voltar pra casa com a espada. Quando ele chega a casa, Exu comeu tudo o que tinha de comer, depois começou a comer tudo mais que ali havia, comeu porta, comeu janela, comeu parede, comeu cadeira, comeu tudo, devorou, engoliu aquela realidade inteira e comeu a mãe, engoliu a mãe e Orumilá fica furioso, vai atrás de Exu e persegue Exu por todos os Oruns, são nove Oruns.
Exu fugiu para o Orum, ou seja, nove céus e Exu em cada Orum que passa, vai se multiplicando e os outros Orixás estão nos Oruns, Exu passa por Xangô e ai fica “Exu de Xangô”, passa por Yemanjá e ali fica “Exu de Yemanjá”, Exu passa por Oxóssi e ali fica “Exu de Oxóssi”, Exu passa pela porteira e fica ali “Exu da Porteira”, passa pela porta fica “Exu da Porta”, Exu entra por um caminho e ali surge “Exu dos Caminhos”, Exu entra na mata surge “Exu da Mata”, Exu entra na cachoeira surge “Exu da Cachoeira”, Exu se multiplica, pra tudo existe Exu e Exu vai pulando primeiro Orum, para o segundo, para o terceiro, Exu coalha todos os Oruns.
Há Exu pra tudo que existe, pra cada qualidade divina, pra cada divindade, pra cada situação da vida há Exu e Orumilá encurrala Exu com a espada em seu gargomilo, no cantinho do Orum e Exu diz “Não papai, não papai, não me mate, eu lhe devolvo a mamãe”, então Exu devolve a mamãe - que nessa lenda é Oxum, em outras lendas são outras mães – e aí Orumilá fica agradecido e diz pra Exu: “Meu filho, agora meu irmão, meu amigo” Exu é o melhor amigo de Orumilá - Isso é uma lenda, um mito, Orixá não briga, não existe briga de Orixá, cada mito tem uma lenda, uma discussão que é pra você aprender alguma coisa, não é pra você achar que Orixá briga.
Orumilá diz: “Estou muito agradecido a você Exu, lhe quero bem, você é meu melhor amigo, vou lhe dar um oráculo, vou lhe dar o Merindelogun – que quer dizer o “jogo dos dezesseis”, aqui no Brasil é o “jogo de búzios” – vou dar pra você o jogo de búzios – porque o jogo de Ifá é de Orumilá, o “Oráculo de Ifá” – vou lhe dar o jogo de búzios para que você Exu possa se comunicar com os homens, sempre que alguém quiser saber alguma coisa sobre nós, as divindades, sempre que alguém quiser saber sobre presente, passado e futuro, essa pessoa pode jogar os búzios e é você Exu quem vai mexer nos búzios, você que vai responder, você também a partir de agora, Exu, é também – e não “apenas” – mensageiro dos Orixás.
Exu não é apenas “mensageiro dos Orixás”, Exu não é “office boy” dos Orixás, Exu não é carteiro dos Orixás, Exu não é menino de recado dos Orixás. Exu é uma divindade que também é mensageiro dos Orixás porque Exu é benevolente, porque Exu é querido, porque Exu é aquele que quer ajudar, que se dispõe a ajudar, mas que está o tempo todo lidando com o ego do ser humano.
Em todas as lendas há algo que diz respeito ao ego, o ego é humano, a divindade, quando numa lenda reflete o ego, a vaidade é simplesmente pra mostrar, pra dar um recado pra nós encarnados de como lidar com essas questões. Mas, Oxum fica enciumada – é lógico que a divindade não tem ciúmes, mas as filhas de Oxum têm no negativo, bastante ciúme – fica enciumada porque você deu isso a Exu e pra mim? O que tem pra mim, pra me ofertar, pra me agradar? Então, Orumilá diz “Eu darei a você e em sua homenagem, a todas as mulheres a liberdade, o direito de jogar o jogo de búzios”, é por isso - por Oxum - é que as mulheres podem jogar o jogo de búzios também é dito que as filhas de Oxum têm uma relação especial com as questões oraculares.
Estas são lendas pra explicar quem é Exu / o que é Exu / quem é Orixá Exu na cultura Africana Nagô Yorubá. Tudo se explica por meio de lendas, então são lendas e mitos que vão dizendo: porque tem esse valor / porque tem aquele valor, que vão explicar quem é o “Orixá Exu”.
Há uma lenda que diz que todos os Orixás estavam em festa e tudo dava errado naquela festa, as comidas que iam sendo preparadas não ficavam boas, as pessoas discutiam, brigavam no ambiente, tudo dava errado. Então, alguém foi consultar o Oráculo de Ifá e questionar “Por que é que as coisas dão errado”?, a resposta foi: “ tudo dá errado porque Exu não foi convidado”, Exu está do lado de fora - mais uma vez ressaltado “Senhor da magia” – ele está fazendo isso para que tudo dê errado porque vocês não convidaram Exu.
Isso é um mito, uma lenda, uma historinha pra dizer “Você não deve dar uma festa sem antes convidar Exu”. E daí vem outro conceito em que algumas pessoas dizem que “despacha Exu” – “despachar” é mandar embora – então, alguns dizem “Você deve despachar Exu pra ele não atrapalhar”, é justamente o contrário. Nessa lenda Exu atrapalha porque ele não foi convidado a entrar, nós não despachamos Exu no sentido de “mandar embora”, porque se criou o conceito de que Exu atrapalha você manda ele embora. O que atrapalha é você não conhecer Exu, o que atrapalha é você não ter a força de Exu, o que atrapalha é você não ter a proteção de Exu.
Antes de qualquer coisa nós oferendamos Exu, nós saudamos Exu “Laroyê Exu. Exu é Mojubá”, esta é a saudação, a maneira correta de se dizer: “Laroyê Exu. Exu é Mojubá” ou “Mojubá” – “Laroyê” quer dizer, essa palavra não é traduzida ao “pé da letra”, “Laroyê” quer dizer: “Acorda Exu” / “Vamos trabalhar Exu” / “Olha por mim Exu” / “Me guarda Exu”. E “Mojubá” quer dizer: “Eu me curvo perante o seu poder, perante a sua força”, é, dizer “Eu me curvo” é mesma coisa que dizer “Você é grande” / “Você é importante”, por isso alguns dizem “Exu é Mojubá” que quer dizer “Exu é grande” / “Exu é importante” / “Senhor de força, de poder”.
Nós não mandamos Exu embora, nós chamamos Exu pra junto, pra nos proteger, pra nos guardar. Ele lida com a dualidade humana e para isso, há outra lenda Nagô Yorubá que diz que dois amigos trabalhavam a terra, eram vizinhos de propriedade e os dois eram trabalhadores que cuidavam da terra, que plantavam que aravam e etc.
Para eles nada mais importava na vida, apenas a sua amizade de um para com o outro, havia também um ego, um egoísmo, uma idolatria daquela amizade, uma questão humana.
Diz a lenda, que os dois estavam trabalhando, Exu passou na divisa das propriedades, Exu passou entre os dois amigos com um chapéu na cabeça: metade branco, metade vermelho. Aí um amigo falou para o outro: “Você viu esse homem que passou aqui? Que ousadia passou no meio da nossa propriedade, esse homem com esse chapéu branco” e o outro disse “Não, ele estava vestindo um chapéu vermelho”, “Não, o chapéu era branco”, “Não, o chapéu era vermelho”, eles começaram a discutir porque um viu um lado de Exu branco e o outro viu o outro lado de Exu vermelho.
E eles discutiram porque um foi incapaz de olhar pelo ponto de vista do outro.
Quando você é incapaz de olhar pelo ponto de vista do outro, você está sendo egoísta, você tem uma visão unilateral das coisas e aí é que Exu entra que Exu lida com o ego, com o apego e ele vai mexer com você, ele vai te perturbar, ele não vai perturbar a paz das pessoas, Exu não vai perturbar o que é sagrado, o que é divino, o que é bom, Exu não vai perturbar a sua luz, Exu não vai perturbar aquilo que você tem de bom, Exu vai perturbar o seu ego, o seu apego, Exu vai perturbar as suas trevas interiores, Exu vai lhe tirar do comodismo, desse lugar comum, Exu vai lhe fazer tremer pra você perceber que deve se mexer, sair dessa zona de conforto e entender que a vida é mais, ele é descrito como aquele que perturba aquele que tira a paz, como aquele que é encrenqueiro.
Ninguém arruma encrenca com quem quer a paz, dois não brigam se um não quer, Exu entra onde está o ego do ser humano, é isso que as lendas de Exu tentam mostrar, Exu é o melhor amigo de Orumilá.
Existe ainda outra lenda de Exu contada pelo professor, doutor King no livro sobre lendas de “Odu” e na primeira lenda de Odu, ele conta que Orumilá tinha um filho chamado “Igun” – não é “Egun” e não é “Ogum – chamava-se “Igun”. E que esse filho tinha problemas de saúde, e que Orumilá pediu pra Igun que ele fosse para o Ayê, ali ele ficou morando numa encruzilhada atrás de uma moita e todo dia um sacerdote de Ifá fazia uma oferenda pedindo sorte e ele fazia a oferenda pedindo: “Que a sorte venha pra mim, que a sorte venha pra mim”, cada dia que ele fazia uma oferenda, Igun que estava ali escondido comia - porque a oferenda era feita de comida, gostosa, quentinha, cheirosa – e quando o sacerdote ia embora, Igun comia os elementos da oferenda e cada vez que ele comia, ele se curava, ele ia se curando.
Isso é pra dizer que tudo aquilo que você pede de bom pra você é compartilhado com quem está junto de você, ao seu redor, próximo. O sacerdote pedia a sorte “Que a sorte venha pra mim”, Igun ficou totalmente curado comendo as oferendas do sacerdote, o que diz que aquelas oferendas são sagradas e divinas.
Igun volta para o Orun e fala para Orumilá “Papai estou curado”, “O que aconteceu com você?”, “Eu me alimentei das oferendas daquele sacerdote e fui me curando” e ele disse “Então, leve presentes pra esse sacerdote”, “Leve pra ele, pra esse sacerdote, a fertilidade, a riqueza, a longevidade e você vai levar a paciência”, “Leve esses presentes para esse sacerdote e diga para ele escolher um” E quando ele chega, Igun vai encontrar o sacerdote e diz para o sacerdote o que aconteceu, diz que se curou e conta para o sacerdote “Meu pai mandou para vós: fertilidade, meu pai mandou para vós riqueza, meu pai mandou para vós longevidade e meu pai mandou a paciência pra você escolher um desses presentes”, então o sacerdote diz: eu não posso escolher isso sozinho, isso é muito importante. Eu preciso consultar os meus filhos, as minhas mulheres, os meus irmãos e o meu melhor amigo.
Esse sacerdote é Orumilá, o seu melhor amigo é Exu.
Igun levou quatro presentes pra Orumilá, o sacerdote.
Ele convida Igun para ir para sua casa, chegando lá ele diz “Mulheres, minhas mulheres aconteceu assim, assim, assim e agora tem aqui quatro presentes.
Qual eu devo escolher? Eu não posso escolher sozinho, eu vim perguntar a vocês. Qual presente eu devo escolher?”, as mulheres dizem “Escolha a fertilidade porque nós queremos ter muitos filhos com você”, então ele se vira para os seus filhos e pergunta “Meu filhos, o que eu devo escolher?”, eles dizem “Papai, escolha longevidade para o senhor viver muitos anos com a gente”, ele continua sem saber.
Ele pergunta para os seus irmãos “Meus irmãos, qual presente eu devo escolher?” e os irmãos dizem “Escolha a riqueza pra poder dividir com a gente” e ele continua sem saber, então ele chama seu melhor amigo Exu “Meu querido amigo, meu irmão de caminhada, você é quem eu mais confio e que nesses milênios se mostrou a pessoa mais sábia que eu conheço, me diga o que eu devo escolher do que tem aqui: longevidade, fertilidade, riqueza e paciência”, Exu diz “Meu amigo, escolha a paciência” e todos ficaram perplexos “Paciência?” e Exu diz então “Sim. Porque diga a suas mulheres que você já tem filho suficiente, diga a seus irmãos que eles que vão trabalhar para que cada um conquiste o seu próprio dinheiro e diga para os seus filhos que nada mais triste que um pai viver mais e muito mais do que todos os seus filhos.
E escolha a paciência porque essa é a maior das virtudes e que vai torná-lo o melhor e o maior dos amigos, o melhor e maior pai, marido e irmão, pra todas as pessoas. Algo que o dinheiro, a fertilidade e a longevidade não vão lhe dar” e Igun fica perplexo “Com todos esses presentes, você quer escolher a paciência?”, então, ele vai embora, Igun vai embora levando os outros presentes, ele deu a paciência pra Orumilá e ele vai embora levando os outros presentes consigo.
Essa lenda é pra dizer que Exu lhe dá a “paciência”, que muitas vezes você pede dinheiro, pede outras coisas e às vezes o que Exu tem para oferecer é o contrário do que a maioria das pessoas pensa, Exu tem para oferecer a “paciência”. E vamos entender por que Igun está indo embora com os presentes e diz que, no meio do caminho, a riqueza fala “Igun, Igun, Igun” Igun se assusta, a riqueza fala, está falando com ele “Igun, cadê a paciência?”, “A paciência ficou com Orumilá”, “Ah então eu não vou voltar para casa, eu vou descer dessa sacola e vou lá ficar junto com ele porque sem paciência não tem riqueza”.
Igun vai embora com os outros dois, no meio do caminho a longevidade fala “Igun, Igun onde é que está a paciência?”, ele diz “A paciência está com Orumilá”, “Ah mais sem paciência não tem longevidade”. Mais pra frente se diz (“Igun cadê a fertilidade?”) “Cadê a paciência? a fertilidade diz”, “A paciência está com Orumilá porque sem paciência não tem fertilidade”. Igun volta para casa de Orumilá e diz “Olha, meu pai o que aconteceu” e o pai diz “Está certo meu filho. Quem escolhe riqueza fica só com riqueza, quem escolhe fertilidade fica só com fertilidade, quem escolhe longevidade fica só com longevidade, mas, quem escolhe paciência leva tudo porque quem tem paciência conquista
tudo na vida”.
Exu ensina a “paciência”, isso tem um sentido maior ainda, o sentido maior é: “Quem caminha com Exu deve ter paciência, deve ter muita paciência, mas, muita paciência” Porque paciência aqui é sinal de “confiança”, “tranquilidade”, “esperança”. Tem paciência aquele que confia em Exu, quem caminha com Exu, quem acredita em Exu, quem tem Exu junto de si pode dizer que tem um amigo que vai lhe ajudar a resolver todas as situações da sua vida. Então, você tem problemas? Você tem dificuldade? Você tem situações na vida que vão acabar com sua paciência? Não, se você tem Exu a lhe acompanhar. Se você tem confie a ele a suas dificuldades, os seus problemas e aqueles que não forem resolvidos estão na sua vida para que você aprenda alguma lição.
Não há porque perder a paciência, perder a tranquilidade, perder a sua paz, Exu lhe dá paz, tranquilidade, paciência, Exu caminha junto de você, Exu é e deve ser o seu melhor amigo.
“Orixá Exu” que nos protege, que nos guarda, que nos guia. É um Orixá muito antigo, é uma divindade cultuada há milênios na África, numa cultura totalmente diferente da cultura Ocidental, totalmente diferente da cultura Judaico-cristã.
Exu é “Senhor da fertilidade, do vigor, da vitalidade, da energia”.
Na cultura Nagô Yorubá não existe demônio, não existe diabo na cultura Nagô Yorubá. Exu jamais poderia ser o diabo porque não existe o diabo, Exu é uma divindade. Ele é dual porque ele lida com os aspectos da dualidade na criação, com o ego, com o ser humano, mas não é diabo porque não existe diabo naquela cultura, porque não é uma cultura dualista em que tudo pertence a Deus ou ao diabo.
Exu é uma divindade da cultura Nagô Yorubá que desde que o Cris tão pisou naquela terra – e lembre se bem: esse Cris tão pisou naquela terra pra escravizar o negro, afirmando que a África era o inferno na Terra e que escravizar o negro era uma benção para o negro porque o corpo ficava escravo, mas eles eram todos batizados e sua alma iria ficar livre em algum momento da eternidade e escapar do inferno – então, são teorias criadas pra justificar o erro, pra justificar a sede de poder.
E na história da igreja Católica, em que a gente conta a “Cruzada”, a gente conta a “Inquisição”, a gente conta a dominação Católica, toda vez que a igreja Católica se deparava com outra religião, ela chamava as divindades daquela outra religião de demônios. Isso é uma receita antiga “demonizar” a religião alheia é uma receita muito antiga e que nós vemos até hoje.
Há quem faça hoje uma “neo-demonização” – “neo” de novo – uma nova maneira de fazer a mesma coisa que sempre fizeram: “demonizar o outro”. É uma receita antiga dizer que o Deus do outro é o demônio, a divindade do outro não é divindade, que você cultua aquilo que não é virtuoso, isso é muito antigo.
E aí começou a demonização de Exu e desde essa época até hoje ainda é uma dificuldade enorme pra muitas pessoas entenderem o que seja Exu, por isso Exu é o ponto forte e o ponto fraco nas religiões afro-brasileiras e é ponto forte e ponto fraco na Umbanda.
Se você conhece Exu, você tem essa força para lhe amparar, se você não conhece, além de não contar com essa força, como deveria você que está frágil porque não tem como se defender, como explicar, como entender um mistério da criação, que está aí a seu favor pra lhe amparar, pra lhe guardar, pra lhe proteger, pra lhe dar força, falar sobre ele?
Na cultura Nagô Yorubá, a única opção de religião que havia era a “religião de Orixá” e dentro da religião de Orixá não se faz nada sem antes cultuar Exu, quando surge a afirmação: “de que sem Exu não se faz nada” é que pra tudo que você vai fazer Exu é oferendado primeiro, ele é considerado aquele que abre a porta do “axé”, aquele que carrega o “axé”, aquele que dá a força para que as coisas se realizem.
Quanto à outra afirmação de que “se você não oferenda Exu tudo dá errado na sua vida”, essa informação está relacionada ao fato de que dentro de uma religião de Orixá, onde Exu é o primeiro a ser cultuado, se você nasce nesse universo e sua única opção de religião é essa, porque ali era a única religião que existia, se você não cultua Exu é como se você não tivesse religião naquele universo.
Naquele universo, se você não cultua Exu tudo vai dar errado na sua vida, esse é o paradigma, esta é a convicção de quem acredita que: “Se você tem uma religião, você tem uma proteção espiritual. Se você não tem religião, você não tem uma proteção espiritual”.
Dizer que não cultuar Exu faz com que tudo dê errado na sua vida é a mesma coisa que dizer: “se você não tem religião, tudo dá errado na sua vida” e não ter religião é correspondente a não ter valores porque a religião não era vista da mesma forma que é vista hoje, a religião tribal é uma religiosidade natural.
Dentro de uma cultura antiga e tribal, ter religião não significava fazer parte de um Templo, ter religião, tanto para o africano quanto para o índio, não quer dizer que você é adepto desta igreja ou daquela, que hoje em dia muito mais parece time de futebol, não é? Qual é o seu time? Meu time é esse, o dele é o outro e há briga porque o meu time é melhor do que o seu.
Quando você nasce numa cultura tribal, você não tem outra opção, ter religião não é fazer parte de um Templo, ter religião é ter valores, ter religião é você reconhecer a espiritualidade como um fato, ter religião é cultuar as forças divinas e sagradas, cultuar as forças da natureza e estamos falando de uma religiosidade natural do culto de Orixá que está distante das religiões abstratas e “mentalistas”, estamos falando de religiões de culto à natureza em que todos os valores são naturais, em que todas as expressões de vida são expressões naturais, por isso a relação fálica é algo natural com a questão do vigor, da força, da vitalidade, e por isso Exu não tem nada a ver com diabo, com demônio, com tinhoso, com belzebu, seja lá o que for.
O diabo Católico é uma colcha de retalhos, no Judaísmo você não tem a figura de Lúcifer, essa é uma figura que vai aparecer no Catolicismo de forma tardia, no Catolicismo primitivo não existia Lúcifer.
No Judaísmo – e Jesus era judeu – existe uma figura chamada satanás – satanás é uma palavra que quer dizer o “opositor” – qualquer pessoa que se opõe a sua verdade é um satanás, essa é a questão.
Quando Jesus vai para o deserto e aparece um satanás a ele, é um opositor, é alguém que vem tentar Cris to e ele oferece o poder, ele oferece várias coisas a Cris to e Cris to disse: “Que nem só de pão vive o homem”, de qualquer forma Cris to está ali para ser tentado.
Aquele que vai testar os seus valores é o satanás (opositor). Qualquer um pode ser.
A ideia de diabo, satanás, de um diabo que se opõe a Deus como um “Anjo caído”, é algo que está próximo a ideia Zoroastrica, em que o mundo era dividido entre Deus e o diabo: Ormuz e Arimã, uma visão maniqueísta de mundo, porque ou as coisas são boas ou as coisas são ruins, isso é uma visão que foi cultivada pela igreja Católica porque o diabo foi manipulado de forma intelectual, ele foi usado para converter, para colocar medo nas pessoas.
Lúcifer é uma criação Católica, o Anjo caído, da forma como se conhece, é uma criação Católica, o “capeta” “aquele que usa uma capa” / “satanás” é o “opositor” é o que aparece no Islã. No Judaísmo você tem o Anjo da Morte, ele está a serviço de Deus. Na cultura Nagô Yorubá não existe diabo, não há satã.
Na Umbanda também não existe diabo.
Exu Orixá é uma divindade, nem todos os Terreiros cultuam Exu como Orixá, mas cultuam a entidade Exu, os “nossos” Exus, as linhas de trabalho de Exu, os Exus guardiões do Terreiro, que têm nomes em português: “Seu Tranca Ruas”, “Seu Capa Preta”, “Seu Sete Encruzilhadas” “Seu Maioral”, “Seu Cobra Negra”, “Seu Quebra Osso”, “Seu João Caveira”, “Seu Tata Caveira”, “Seu Sete Montanhas”, “Seu Sete Ossadas”, “Seu Tiriri”, “Seu Marabo”, são Exus entidades, são espíritos, eles não são o Orixá, mas eles trabalham na força do Orixá Exu. Nada nos impede de cultuar o Orixá Exu, mas é preciso ter uma visão Umbandista do Orixá Exu.
Precisamos desenvolver uma visão Umbandista para nos relacionarmos com o Orixá Exu, como eu me relaciono com o Orixá Exu? Da mesma maneira que eu me relaciono com o Orixá Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Obaluayê, Nanã, Yemanjá.
Eu posso acender velas para todos os Orixás, se existe um Orixá chamado Orixá Exu, eu também posso acender uma vela para o Exu. O que agrada Exu? Aqueles elementos que eu ofereço para as linhas de trabalho, pra entidade Exu, são elementos que agradam ao Orixá Exu que estão na força do Orixá Exu.
Eu posso oferecer para o Orixá Exu uma vela, um copo de pinga e um charuto, isso já é um agrado para o Orixá Exu.
No assentamento do Orixá Exu, na firmeza do Orixá Exu, pode se colocar uma pedra preta ou uma pedra chamada “laterita vermelha” conhecida como “Iangui” é a pedra do Orixá Exu.
Pode-se oferecer uma pedra de Iangui ou uma pedra preta, um copo de pinga ou você compra uma quartilha de barro – a quartinha de barro é a quartinha de Exu, é a quartinha que se usa para o Orixá Exu – coloca pinga nessa quartinha, fecha a quartinha.
O que isso quer dizer?
Quer dizer que aquilo é um recipiente sagrado, é uma quartinha e que aquela bebida é a bebida do Orixá Exu, coloca-se uma vela do lado oferece um charuto e saúda: “Laroyê Exu. Exu é Mojubá” e bate palma três vezes – bater palmas quer dizer “bater paô”. “Paô” é uma palavra que significa unir, juntar – então, os dedos da palma direita batem no meio da palma esquerda “Laroyê Exu. Exu é Mojubá”, você faz isso três vezes, “Laroyê Exu. Exu é Mojubá” (bate paô), “Laroyê Exu. Exu é Mojubá” (bate paô), essa é a saudação batendo paô, ofereça uma vela, pinga numa quartinha de barro e faça os seus pedidos pra esse Orixá.
Onde fica a firmeza de Exu?
Ou fica na porta de entrada da casa ou do lado de fora.
Por que do lado de fora?
Porque Exu é o Orixá que me protege do que vem de fora, Exu me protege do que vem do externo.
Há pouco tempo estamos entendendo Exu a partir de um olhar Umbandista, de uma leitura Umbandista, de uma interpretação Umbandista para nos relacionarmos com esse Orixá da mesma forma que nos relacionamos com os outros todos que é um poder, uma força, uma energia, uma presença, Exu é nosso pai, nosso melhor amigo e é ele que dá sustentação a todas as linhas de Esquerda, a todos os Exus que trabalham junto aos Terreiros de Umbanda.
Annapon
Maio/2015
Texto baseado no curso de Teologia de Umbanda Sagrada – Desenvolvido por Rubens Saraceni – Ministrado por Alexandre Cumino -
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