quarta-feira, 1 de julho de 2015

Oferendas em Cemitério



cemiterio
O cemitério é um lugar sagrado em todas as religiões e é um ponto de força muito usado por nós Umbandistas.
Também chamado de Calunga Pequena, Calunguinha ou ainda Campo do Pó ou Campo Santo é nele que as coisas se transformam, se transmutam.
No espiritual existem vários pontos de forças, vários locais vibratórios, e o cemitério é um deles, trocando em miúdos é um portal para uma seara, uma egrégora energética, lugar onde as vibrações de Omulu (morte, paralisação) e Obaluaye (evolução, transmutação) dão sustentação, onde encontramos as forças de Nanã Buruque, Yansã das Almas, Ogum Megê e de muitos outros orixás que atuam na evolução dos seres. É Uma Campina Aberta (Oxalá e Oyá Tempo) cercada de árvores (Oxossi) com concentração de terra (Obá).
Nesta seara não existe túmulos, campas ou covas, é um lugar onde as energias estão mais concentradas, mais densas, pois estão atuando o tempo todo na transformação, na transmutação da vida material para a vida espiritual. Por esse motivo sentimos o ar mais “pesado” quando estamos em um cemitério.
Não há motivo para sentirmos medo, pois é um dos pontos de força mais movimentado e protegido. Trabalhadores espirituais estão o tempo todo atuando, esclarecendo, curando e encaminhando os recém desencarnados. 
Nós Umbandistas, cientes do poder deste ponto de força costumamos fazer oferendas para esses Orixás ou para estes Trabalhadores (sejam eles Exus, Pomba Giras, Caboclos, Boiadeiros...) e pedir pela paralisação (morte) de nossas doenças, vícios, tristeza, para transmutar nossos sentimentos negativos ou encaminhar algum espírito negativo que esteja atuando em nosso campo mediúnico.
Quando entramos em um cemitério, saudamos as forças atuantes para demonstrar nosso respeito e devoção.
Saudamos e pedimos licença ao Exu Sentinela daquele cemitério para entrarmos no campo guardado por ele.
Ao entrar ajoelhamos e saudamos Obaluayê (cruzando o chão com a mão direita) – Omulú (tocamos o chão 3 vezes com a mão esquerda) – Yansã das Almas -  Ogum Megê (*Este ritual também se repete na saída)
Cobrimos nossa cabeça com um lenço branco para que as energias densas do local não desequilibrem nosso mental e com muito respeito nos dirigimos ao local de nossa oferenda.
Quase todo cemitério possui um Cruzeiro, ou ponto central, e é a partir dele que as energias são irradiadas.
Obaluayê irradia a direita do Cruzeiro e lá novamente ele é saudado e oferendado.
Omulú irradia à esquerda do Cruzeiro, onde deve ser saudado e oferendado.
Guias de direita podem ser oferendados e saudados na frente do cruzeiro e Guias de Esquerda atrás do Cruzeiro.
Na Umbanda não há sacrifício animal e toda a oferenda deverá ser recolhida ao final do trabalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário